Endosimbiose: Lynn Margulis (2/2)

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Acredita-se que as mitocôndrias descenderam de parentes próximos do tipo de bactéria que causa tifo.

A evidência genética
Nos anos 1970, cientistas desenvolveram novas ferramentas e métodos para comparação de genes de diferentes espécies. Duas equipes de microbiologistas – uma chefiada por Carl Woese e a outra por W. Ford Doolittle da Universidade Dalhousie na Nova Escócia – estudaram os genes dentro dos cloroplastos de algumas espécies de algas. Eles descobriram que os genes dos cloroplastos se pareciam muito pouco com os genes do núcleo da alga. Acontece que o DNA do cloroplasto era DNA cianobacteriano. Enquanto isso, o DNA da mitocôndria se parece com o de um grupo de bactérias que inclui o tipo que causa tifo (veja fotos, à direita). Margulis manteve que as simbioses antigas ajudaram a formar células nucleadas. Por exemplo, bactérias com formato espiral, chamadas espiroquetas, foram incorporadas em todos os organismos que se dividem por mitose, eventualmente resultando nas caudas de células como os espermatozóides. A maioria dos pesquisadores continua cética sobre essa afirmação.

Análises filogenéticas baseadas em sequências genéticas apóiam a hipótese da endosimbiose.

Tornou-se evidente que eventos simbióticos tiveram um impacto profundo na organização e complexidade de muitas formas de vida. As algas “engoliram” parceiros bacterianos e elas mesmas foram incluídas por células individuais. Células nucleadas se parecem mais com comunidades coesas do que indivíduos isolados. A evolução é mais flexível do que se acreditava.

• Imagem da Mitocôndria cortesia do CDC, Public Health Image Library.
• Imagem da bacteria causadora do tifo (Rickettsia) © David H. Walker and Vsevolod Popov, authors. Licensed for use, ASM MicrobeLibrary.